O Projeto Nas Ondas da Leitura tem como objetivo mobilizar as escolas e as famílias para estimularem a formação de
alunos leitores e escritores. O Projeto é uma proposta pedagógica da Editora IMEPH, construído em parceria com
as Secretarias Municipais de
Educação, que incluem, professores, gestores, coordenadores pedagógicos, além de pais e
discentes. Valoriza os talentos locais e desenvolve a criatividade, fortalecendo a
auto-estima e contribuindo para o resgate da nossa identidade.
A proposta do projeto foi fazer um reconto da estória da "Mulher da Capa Preta", em diversas escolas do 4º ao 9º ano do ensino fundamental. Dentre centenas de recontos enviados dois foram escolhidos. A Escola Estadual José Vitorino da Rocha, com a aluna Williana
Estephane Torres Morais, do 5º ano, e a Escola Estadual Professor Afrânio Lages com a contribuição de todos os alunos do 9º ano A.
Escola Estadual José
Vitorino da Rocha
5º Ano
Reconto da lenda
urbana” A Mulher da Capa Preta.”
Nome do(a) aluno(a):
Williana Estephane Torres Morais.
Professor(a)-Orientador(a):
Amanda Cássia
Era
uma vez... Numa linda noite de carnaval, um belo homem dançava
alegremente, com passos estranhos, quando esbarrou com uma moça
muito bonita que se chamava Carolina de Sampaio Marques. Eles se
conheceram e conversaram muito, ficaram bem a vontade, dançaram a
noite toda. Ele então, lhe olhou e disse:
- Eu nunca ví uma moça
tão linda!
Enquanto ela falava, não
deixava de olhar para ela. Olhava cada detalhe, cada característica.
Foi quando Carolina lhe perguntou:
- Por que você não para
de me olhar?
Ele respondeu:
- Sua beleza me faz lhe
olhar demais.
Ela respondeu, com muita
vergonha:
- Muito obrigada! Você
também é muito bonito.
Dançaram a noite toda.
Ficaram juntos, acompanharam o bloco de carnaval e até andaram de
mãos dadas. Foi quando o bloco acabou e já era noite.
Carolina já estava
muito cansada e com muito sono. Ele então, levou ela para um hotel,
onde dormiram em camas separadas.
Dez horas da manhã, ele
a acordou com urgência e disse:
- Carolina, já era para
você ter ido embora!
Ela respondeu:
- Eu não tenho hora para
chegar em casa, pois moro sozinha.
E ele então disse:
- Não vou te deixar
sozinha em um hotel. O que as pessoas irão pensar?
Carolina o chamou para
passear de moto e ele lhe respondeu:
- Não me leve a mal,
tenho que trabalhar. Mas, já que é você que está pedindo: Vamos.
Foram passear de moto.
Ele levou Carolina para conhecer a cidade e anoiteceu.
Então ele disse que não
poderia mais ficar com ela, que tinha que levá-la embora.
Carolina então disse:
- Tá, eu entendo.
- Me dê o endereço que
eu te levo. Disse ele.
Carolina deu o endereço
e insistiu para que ele lhe deixasse na porta do cemitério.
Ele achou isso muito
estranho, mas fez o que ela pediu.
A noite estava muito
fria e gelada, ele então disse:
- Vou deixar a minha capa
com você e depois vou neste endereço buscar a capa. Tá certo? E
foi embora.
Dias depois, voltou para
buscar a capa no endereço e quem o atendeu foi a mãe de Carolina.
Depois de conversarem bastante, ele olhou para um quadro e viu a foto
da moça. E perguntou:
- E aquela moça ali?
E a senhora respondeu:
- Que brincadeira de mal
gosto. Aquela é minha filha, ela morreu a muito anos.
E ele respondeu:
- Não, mas eu fiquei com
ela no bloco de carnaval que teve há alguns dias atrás.
A mãe de Carolina
disse:
- Se o Senhor quiser, eu
te levo ao túmulo de minha filha.
O homem desesperado,
chorando muito, concordou.
Quando eles chegaram ao
cemitério, ele viu a capa que emprestou a Carolina em cima do
túmulo.
- Olha lá a capa que
emprestei a ela!
A mãe de Carolina fala:
- Desculpa, Senhor. Mas
minha filha morreu já faz algum tempo.
Escola Estadual Professor Afrânio Lages
9º Ano A
Reconto da lenda urbana” A Mulher da Capa Preta.”
Nome do(a) aluno(a): Pesquisa
de texto: Adeilson
do Nascimento Silva, Thiago Petrúcio dos Santos, Crislaine Silva
Santos, Matheus Cabral de Oliveira; Givanildo Silva Santos, Thiago
Ferreira dos Santos, Thiago Ferreira Santos.
Produção de texto:
Danielle Gomes da Silva, Michelle Gomes da Silva, Elias dos Santos
Silva, Elizeu Leite dos Santos,
Alessandra Silvestre dos Santos, Fabiana Santos de Oliveira,
Raiane
da Silva Santos.
Revisão
de texto: Raissa da Silva
Santos, Yasmim Rejane da Silva Santos, Dayanne dos Santos Dias,
Eduarda da Silva Frazão, Nathália Jackeline Valeriano, Carla
Manuela da S. Santos, Mirna Lícia da Rocha Silva.
Ilustração:
Rafael Luiz Rocha Gama, Roberto
carlos ferreira, Alexssandro Panta da Silva, Stephanie Kelian
ferreira, Amanda Myrelly dos santos e Jonatan Rodrigues dos santos.
Professor(a)-Orientador(a):
Alzira Maria Freire Tavares
A Bela da Capa Preta
Carolina Sampaio estava sentada,
encantada com o lindo baile. A melodia era tão magnífica que ela
chorava de alegria, o lustre era muito lindo, a decoração do baile
maravilhosa. Carolina usava belas joias e um vestido longo
avermelhado e muitas pessoas comentavam que era ela a menina mais
linda daquele baile.
No mesmo baile, estava um lindo
rapaz com um sorriso galanteador e muito bem vestido: calça jeans
meio justa, camiseta branca e uma capa de couro preta. Entrando no
salão, deparou-se com a moça mais bonita da festa, fitou os olhos
nela e não conseguia disfarçar tamanho encantamento. Ele nunca se
sentira assim antes, por um momento, pensou em ter um relacionamento
sério, em até casar...Estava cansado da vida de boemia. Encantou-se
com a beleza da moça e estava ansioso para ir até ela mas, confuso,
ficou se perguntando:
- Será que ela está acompanhada
de algum cavalheiro? Se não estiver , será que essa bela mulher vai
querer um homem como eu?
Mesmo com esses pensamentos, ele
esperançoso, aproximou-se da moça.
- Olá ! Como se chama a bela
dama?
Ela, com um belo sorriso em seu
rosto, respondeu:
- Chamo-me Carolina.
Ele puxou conversa e, sem perda
de tempo convidou-a para uma dança. Ela aceitou seu convite e ele,
entusiamado, logo pensou:
- Agora sim, vou ter uma bela
mulher.
Terminado o baile, João Manoel
insistiu para levar Carolina em casa e ela aceitou. Ao longo do
caminho, ele parou o carro em uma praça para ver a bela noite
estrelada, contando um pouco de sua vida para ela e os dois foram se
encantando um pelo outro. Começou a chover e voltaram para o carro,
continuando o percurso para a casa da moça. Carolina então,
pediu-lhe que a
deixasse numa esquina antes de sua
casa. O rapaz estranha:
- Por que uma esquina antes?
- Porque meus pais não me deixam
chegar acompanhada.
Ao sair do carro, ainda chovendo,
ele lhe empresta sua capa preta. Ela lhe dá seu endereço para que
no dia seguinte ele possa pegá-la, rouba-lhe um beijo e vai embora.
No dia seguinte, ansioso por
revê-la, o rapaz foi à casa de Carolina, com a desculpa de pegar
sua capa.
Bateu à porta e apareceu uma senhora
simpática vestida de preto que apresentou-se como a mãe de
Carolina. Cumprimentando-a, o rapaz perguntou-lhe sobre Carolina e a
senhora pôs-se a chorar, explicando-lhe que a menina havia falecido
há mais de trinta anos. Ele insistia, dizendo que tinha dançado com
a moça durante a noite anterior , a mãe da jovem, pensando
tratar-se de uma brincadeira, expulsou-o de sua casa. Recusando-se a
sair, o rapaz pediu-lhe que o escutasse e contou-lhe sobre o baile da
noite anterior. A velha senhora ouviu com atenção e, em seguida,
mostrou-lhe uma fotografia onde Carolina aparecia morta, dentro do
caixão. Chocado e incrédulo, o rapaz continuou a insistir, incapaz
de acreditar que sua amada estivesse morta.
Resolveram, então, ir juntos ao
cemitério. O dia estava nublado e eles caminhavam tristes pelas
alamedas cheias de pedrinhas, com os olhos fixos no chão, entre os
túmulos decorados com belas imagens de anjos.
- Oh, meu Deus!
Ao ouvir a voz da senhora, ele
ergueu lentamente os olhos e viu na lápide, o nome e a fotografia da
bela jovem . Constatou que a capa que havia emprestado na noite
anterior, estava estendida sobre o seu túmulo. A mãe de Carolina
desmaiou e o rapaz saiu correndo para nunca mais voltar.
No cemitério da Piedade se
encontra a sepultura de Carolina, a mulher da capa preta que desperta
a curiosidade de todos que visitam , sendo considerado um fato real
ou imaginário.
Desenho produzido pelos alunos do 9º ano A |
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